quinta-feira, 19 de maio de 2011

Uma carta de amor

Me desculpe mas não posso deixar de registrar aquilo que está engasgado em minha garganta.
Moro numa cidade de milhares de habitantes, vivo rodeado de pessoas, de rostos, de tantas vozes; mas, parece que toda esta multidão é um vácuo incluso na existência do nada, porque em meio a tudo isso, sinto falta de uma só voz... A sua voz.
Penso em você todo o tempo, e inconscientemente vem à minha mente seu rosto; o som da sua voz espero ecoar pelos vagos labirintos do meu coração, esperando você passar por ele e se perder neste labirinto onde vou á sua procura em todos os sonhos até os despertares, e continuar sonhando. E quando eu acordar solitário no escuro da dor, então te buscarei silenciosamente naqueles instântes que tudo para... Tudo se cala no crepúsculo de minha memória onde o céu flamejante se encontra entre o vermelho e o negro que não se casam.
Onde olho meu reflexo no espelho tentando ver você, mas lá paira apenas o meu pálido fantasma;
Então fecho os olhos e busco nas dimensões invisíveis á procura do seu calor;
Meus punhos travam, e meus dedos comprimem contra a mão e sinto como se as unhas rachassem a pele, e a pele sangra pelo convite do coração;
É neste instante que abro meus olhos e vejo ao meu redor a energia misturada com as cores que dançam e flutuam em volta de mim, começa dos pés e contorna até á cabeça, fulguram imagens feéricas como as cores de um leve arco-íris que logo entra em erupção, e dura até à primeira lágrima que faz difusão entre o sonho e a realidade.

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